Nomes impronunciáveis, verdades incontornáveis
Na última semana, o país estremeceu. Por causa da Operação Marquês? Devido à crise política em Espanha? Não, porque foram lidos, no Parlamento e num vídeo, nomes de alunos de escolas portuguesas, nomes estrangeiros. André Ventura e Rita Matias, ao exporem listas de turmas compostas quase exclusivamente por nomes árabes, indianos ou afins, tocaram num nervo exposto: o da hipocrisia nacional.
Uma deputada do Livre chorou, sim, chorou, não por ter pena das crianças, mas porque alguém ousou mostrar a consequência do multiculturalismo descontrolado que a esquerda tanto promove e idolatra. A comoção seletiva revela bem o estado da política portuguesa: frágil, sensível, alérgica à realidade, daqui a pouco os deputados do Livre precisam de levar máscaras cirúrgicas para o Parlamento...
Não houve insultos, não houve incitamento ao ódio, nem nada do género, apenas factos. O que incomoda não são os nomes, mas o que eles representam: escolas inteiras onde a presença portuguesa é quase inexistente. Até Aguiar-Branco, Presidente da AR, que deve ser politicamente correto, disse que os nomes não seriam reconhecidos...
O Chega não expôs crianças, mas sim um sistema. E quem tremeu com isso, teme a verdade. É urgente discutir a identidade nacional sem medo, sem atuações dignas de Hollywood e sem a censura moral a que tão habituados estamos em Portugal. Se a realidade dói, o problema não é quem a mostra, é quem não quer que seja exposta.