Fabian Figueiredo, deputado do Bloco de Esquerda, afirmou que "temos que repensar a continuidade da PSP."?


Após um tiroteio fatal, no bairro da Cova da Moura (Lisboa), entre a polícia e o cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, um político do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, pediu que a liderança das forças policiais portuguesas fosse responsabilizada, caso se confirme que as declarações sobre o incidente são falsas.

Na sequência da declaração de Fabian Figueiredo, Paulo Portas, no seu programa de horário nobre de análise política, Global (TVI) , afirmou que o membro do Bloco de Esquerda apelou para o término das forças policiais em Portugal.

O comentário de Paulo Portas, que se tornou viral nas redes sociais devido à sua afirmação: "Precisamos repensar a continuidade da PSP", levou a um rápido desmentido de Fabian Figueiredo na sua rede social X , onde expressou ter se sentido insultado pela mentira, já que ele nunca fez tal declaração antes (veja a imagem abaixo). Portas, membro do CDS-PP, nessa afirmação, também questionou: "E se eu for assaltado ou agredido? Quem eu chamarei? O Batman?".

Mas será mesmo que Fabian Figueiredo afirmou que há necessidade de repensar a continuidade da PSP?

Fabian Figueiredo não prometeu acabar com as forças policiais portuguesas. Pelo contrário, pediu que o Governo reflita sobre a continuidade da gestão da força policial, caso seja comprovado que o homem não portava uma faca.

Como é possível verificar pelo vídeo abaixo, Fabian Figueiredo afirmou:

"Se for provado em tribunal que o comunicado da direção nacional da PSP contém mentiras graves, acho que isso deve merecer uma reflexão profunda por parte do Governo e da direção nacional da PSP sobre a continuidade da direção nacional da PSP".


O confronto entre Figueiredo e Portas culminou com um pedido de desculpas deste, após reconhecer que havia interpretado incorretamente as palavras de Figueiredo.

Em sua carta de retratação , Portas descreveu o incidente como um “erro involuntário” e admitiu que estava “equivocado”. O político conservador explicou que foi enganado pela forma como as notícias foram apresentadas e reconheceu não ter tido tempo suficiente para ler a íntegra da notícia antes de entrar ao vivo.

A possível notícia em questão que Portas se refere, deve-se possivelmente ao título enganoso elaborado pela SIC Notícias, como é possível verificar abaixo.


Conclui-se, portanto, que Fabian Figueiredo nunca afirmou ser necessário repensar a continuidade da PSP, tendo sido a declaração de Paulo Portas resultado de um erro de interpretação, pelo qual ele já fez uma retratação pública.

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